quinta-feira, 18 de outubro de 2007

APRESENTAÇÃO:


Eu, Emanoel Ferreira da Silva, conhecido também pelo pseudônimo de "manollo ferreira",  de todo satisfeito, sou oriundo do periférico e Cosmopolitico bairro de Piranga, onde a minha infância foi realmente infantil e natural, e a liberdade e a criatividade interagiam com o prazer desse ser infantil por estar criança. Um mundo de indiscritíveis encantos, onde a violência em suas múltiplas faces permanecia oculta diante da magia do faz de conta, quando o Coelhinho da Páscoa e o Papai Noel ressalvados nas datas comemorativas pôr representar a Páscoa e o Natal, aludiá-nos a inocência e a bondade, assim como num antagonismo mitológico o Papa Figo, o Bicho Papão e o Lobisomem representando o mal legitimando o medo, materializava-se nos mais horrendos pesadelos. Na infância eram estes personagens que se faziam mais presentes a criança que existia em mim, quando se era cometido alguma traquinagem ou mesmo num ato de desrespeito frente aos pais (ou aos mais velhos), ou em alguns outros momentos em apavorantes historinhas noturnas.

Nas ruas, em terrenos baldios, em meio à caatinga fechada... [Ao sol]... Afagado pelo atencioso e escaldante calor do semiárido, ou então... [Ao luar]... Por muitas vezes festejado pelas frientas e ventaniosas noites de inverno, ou mesmo cotejado pelas verdejantes chuvas de verão, sempre se arranjava uma brincadeira saudável para divertir-se, todavia algumas das saborosas brincadeiras tinham a sua própria época, a exemplo do peão, da gude, do lançamento de uma pedra na outra (valendo carteiras de cigarro), da arraia, da enfica (arremesso de haste de ferro ao chão em tempos de chuva), da amassadeira (latas de leite ou de óleo cheias de areia puxadas por um arame ou um fio), da lamentável caçada aos vulneráveis passarinhos (adentrando a caatinga, armado de baladeira ou em posse de uma arapuca), colecionando álbuns e figurinhas, hora brincando de garrafão, de futebol ou então de policia e ladrão e outras brincadeiras afins. Muitas destas hoje existentes somente em presentes lembranças de um passado distante, entretanto sadio e inocente.

Atualmente muito diferentemente de antigamente, a inocência já não é mais tão inocente, a criança de hoje em repreensíveis atitudes desfaz o faz de conta e desencanta um mundo que pra alguém um dia se fez encantado, e as múltiplas faces da violência antes oculta, agora tem traços, cor, som, movimento e resultados, é criança cheirando , é criança fumando, é criança roubando, é criança parindo, é criança matando... É criança deixando de ser criança. Todavia toda alegria de um dia ter sido criança, ainda se faz representativa nas minhas lembranças, como também em divinais situações congeladas em fotografias emolduradas por um tempo bom.

A criança "Emanoel" cresceu e se fez homem "crescido", poeta, pedagogo, professor, escritor... Marido, pai, ideologista... Sonhador...

Mediante aos princípios e valores a mim constituídos pelos os meus "tudo" progenitores, trago nesta obra o resultado de uma vida repleta de adversidades, uma vida vitoriosa, alegre e abastada em minudências ao lado de pessoas inconstantemente humanas. E a encargo da minha consciência, de alegrias e tristezas, erros e acertos, colorindo e descolorando dias e noites durante todo esse tempo, entre um passo e outro, um beijo, um abraço, um aperto de... Um copo na mão, um gesto de carinho... Com os meus é satisfação estar: Familiares, amigos do dia a dia na/da infância, no/do exército, na/da faculdade, na/da profissão professor, na arte da arte, eu poder por meio deste com tudo e com todos do ontem, no amanhã o hoje comungar.




manollo ferreira

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