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sábado, 19 de março de 2016

Dia Da Poesia

Tecendo Versos A Me Vestir De Poesia...!
~ Quando Estou Eu A Fazer Um Poema ~


Quando estou eu a fazer um poema, eu o sinto, no seu espaço, dentre seus limites e sua imensidão, no seu tempo em sua precisão, sinto seus prazeres e desprazeres... Sinto seus cheiros, sinto seus gostos visceralmente entranhados nas suas loucuras e na sua razão... Com fome ou sem fome, eu o como, com sede ou sem sede, eu o bebo, satisfeito... Embriago-me...!
Quando estou eu a fazer um poema, sinto o amor e a dor que dele emana, sinto seus medos, suas coragens, vigores e fraquezas, suas felicidades gargalhadas em risos de alegria, suas tristezas e lamúrias que dimanam das suas desventuras em harmonia. Eu o ouço, no barulho das suas guerras, na serenidade voraz da sua paz... Eu me rendo ! Às suas melodias, aos seus diálogos, às suas perguntas e respostas, precisas e imprecisas, afirmativas e negativas, lógicas e ilógicas... Eu confesso ! Verdades, mentiras, nos seus reclames em conclames... Eu me ‘trago’ !
Quando estou eu a fazer um poema, eu me visto, eu me dispo, ao seu frio, ao seu calor, ás suas castidades e tentações... Eu me basto !
Quando estou eu a fazer um poema, eu o vejo, vejo suas formas, suas feiuras e formosuras, suas cores e texturas, ao encontrar-me na sua luz, ao me ater a sua escuridão, eu me vejo, perdido ou encontrado, eu me acho em meio ao silêncio calado que decorre da multidão, ou sozinho tomado pelo estampido da solidão.
Quando estou eu a fazer um poema, broto-me, frutifico-me, colho-me, como-me, nas linhas e dentre linhas, degusto-me a me fartar.
Quando estou eu a fazer um poema, eu me enlevo, vivo-o, morro-o, ressuscito-me, sou criatura, sou criador, no ofício pleno dos meus poderes, em versos eu o prendo, julgo, condeno, solto-o, na sua liberdade eu voo, viajo, na terra aos céus, vou-me para lugares por onde já estive, e por onde nem sei onde estou, crio histórias, personagens, mundos... Inimagináveis lugares !... Eu volto, eu fico a me achar onde estou... No verso ou na prosa, a parir o meu eu, e até mesmo quem eu nem sei quem sou.


Manollo Ferreira 

                

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dia Do Folclore


Folclore ‘Brasiles’

No regionalismo das culturas
Costumes a se fecundar !
Nas histórias... Nos causos... Nas lendas...
Adivinhas... Ditos... Provérbios... Parlendas
Folclore e arte rendem-se a figurar...
Na mata, o curupira, a caipora, o saci a molecar;
No rio: a Iara, a mãe d’água, o nego d’água.
Carrancas a espantá-los
Nas noites de lua cheia, o lobisomem a amedrontar,
A Mula_sem_cabeça sem rumo a galopar...
Tribos em festa a festejar
Nas cantigas, aos batuques, acordes a dançar,
O bumba_meu_boi, a burrinha, o boi- tatá
O Cordel... O Repente... A Embolada...
O São Gonçalo, a marujada
O Maracatu, o samba e a Capoeira,
O frevo, o carimbo e o axé
O candomblé, o toré...
... Sincretismos a praticar.
À mesa artefatos artesanais
Comidas em prece, sabores típicos a degustar.
Na incomensurabilidade antropológica no ser do negro/branco/índio...
Misturas de um FOLCLORE BRASILES singular.

 Imagem: Google

manollo ferreira

terça-feira, 29 de julho de 2014

Em Tempos De Guerra



Terror !!!
~ Em Tempos De Guerra ~



Vazio é o ódio
Que corrompe a calma
Aliciando a fleuma
Que serena a alma.

Denso é o medo
Que suprime a dor
Fustigando em culpa
A intenção da força.

Nociva é a causa
Que revela em guerra
O ensandecer do ser
Configurando em morte.

Pretensiosa é a paz
Que burla o medo
Alimentando o ódio
Que elucida a dor.

Contraditória é a vitória
Que macula o credo
Decompondo em vida
O pecado em sangue.

Imagem: Google


manollo ferreira

O Poder De Um Abraço...!



Poema: Manollo Ferreira

Arte: Simone Lima


domingo, 27 de julho de 2014

Livros: Alimentai-vos...!


Alimentai-vos De Livros... !



Alimentai-vos de livros !
Anoréxicos do verbo
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
E como uma fera louca a vociferar sua fome bestial
Adentrem o cerne das suas entranhas
A saborear os seus fecundos e viscerais saberes
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
E por suas venosas linhas... Dentre linhas
No teor ilimitado de suas letras a sangrar
Sirvam-se das suas nuas palavras a salivar...
Vestidas à língua em festa a degustar
... Despidos pensares a sorver.
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
Alimentai-vos de livros... !
E de suas vírgulas, acentos, sinais e pontuações a fatia-lo em doces sabores.
Em compleição aos seus mais diversos e adversos paladares
Alimentai-vos de livros... !
Alimentai-vos de livros... !
E de suas Ideadas proposições a fartarem-se n’alma.

Imagem: Google

manollo ferreira


sábado, 19 de julho de 2014

20 de Julho - Dia Da Amizade !


Poema: Manollo Ferreira

Arte: Simone Lima

Salve ! Salve Juazeiro Da Bahia

Juazeiro !... A Cidade Que Não Vi... Vi E Vivi...!

Não vi Juazeiro enquanto ‘distrito atrelado à cidade de Sento Sé’,
Sua ‘emancipação’, nem tão pouco o achado da imagem de ‘Nossa Senhora das Grotas’, sua padroeira, acontecer...
Não vi a ‘construção da ponte’, nem quando a mesma suspendia para as embarcações por baixo dela passar...
Não vi os ‘vapores’ a ornar o rio, por abastecer o comércio a perfilar no ‘cais’, ou o ‘Saldanha Marinho’ um dia nas águas do Velho Chico navegar...
Não vi o deslumbre arquitetônico do antigo ‘Mercado Municipal’ e da antiga ‘Estação Ferroviária’ um dia em Juazeiro figurar, nem mesmo a ‘banca’ surgir para a cidade em duas partes dividir...
Não vi as ‘linhas férreas’ serem instaladas, nem ao menos vi o ‘trem’ no seu vai e vem, chegando ou partindo, trazendo e levando saudades,...
Não vi ‘Edésio Santos e João Gilberto’ juntos a cantarolar seus cantos, nem tão pouco vi os ‘carnavais e seus bailes de mascaras’ a fantasiar os festejos de uma época...
Mas vi e vivi ‘o carnaval das batucadas’, dos carros alegóricos e das caretas, trios e blocos, gente etiquetada com “abadá”, deixar de ser popular...
Vi e vivi os clubes ‘Apolo Juazeirense, 28 de Setembro, Artífices e Caçadores’ também o carnaval em festa festejar, e no amanhecer da quarta-feira de cinzas o ‘Bloco Carí do Batata’, envolto pelo sorriso largo do animado ‘Batata’ uma multidão alegremente arrastar...
Vi e vivi os lendários bares da ‘Primavera, Q Sabor, O Garoto e Labarca’ nos finais de semana Juazeiro brindar, e como presente presença, a carismática figura de ‘João Doido’, na sua peregrinação, uma calça a alguém pedir, sem com seu clássico pedido ninguém por isso se incomodar...
Vi e vivi a ‘banca’ já estabelecida dividir a cidade com suas rampas e pontilhões a lhe costurar, assim também como vi o belíssimo e aconchegante ‘Cine São Francisco’ às matinês de domingo animar...
Vi e vivi ‘Jason’ deixar seu nome vivo na história por muitas vidas do Velho Chico bravamente resgatar, assim também como vi o Saldanha Marinho já ‘Vaporzinho’ depois de aposentado passar a ser bar, pizzaria, ser mutilado e ser despejado do seu antigo lugar...
Vi e vivi os festivos eventos do ‘Chá das Cinco’ e seu criador ‘Nadinho’ na sua singularidade Juazeiro revolucionar, e “Mauriçola” com sua música ‘Erva Doce’ um tempo e uma geração simbolizar...
Vi e vivi a ‘feira antiga’ do bairro Santo Antônio, e no seu emaranhado de bancas e gente, um velho de enorme barba agrisalhada, chamado “Ciço”, casca de pau’ aos brados comercializar...
Vi e vivi a ‘Festa do Melão’ passar a ser ‘FENAGRI’ e a agricultura irrigada respaldada nas novas tecnologias Juazeiro transformar...
Vi e vivi uma Juazeiro que pra muita gente se fez eternizar...!
Não vi... Mas, Vi e vivi... Uma cidade de ontem e de hoje, de muitas memórias, personagens, fatos e histórias a se contar...


Imagem: Google

Emanoel Ferreira da Silva – “Manollo Ferreira”
Pedagogo – Especialista – Professor – Poeta – Escritor...


Piranga  / JUAZEIRO - BA. 

sábado, 30 de março de 2013

Caminhos... !



Retos, curvos, encruzilhados... Entrelaçados...
Indo e voltado
Subindo e descendo
Para um lado e para o outro...
Breves... Desmesurados
Planos ou sinuosos
Inacabados... Inexistentes... A se desenhar !
Largos, estreitos
Transitáveis e intransitáveis
Rijos, flexíveis
Iluminados ou sombrios
Caminhos que se abrem... Caminhos que se fecham...
Desvios a se criar... Caminhos...
Que levam e trazem a algum lugar
No tempo e no espaço...
Caminhos a se trilhar... !
Caminhos a se encaminhar... !

manollo ferreira
Imagem: Google

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia Da Consciência Negra


Ao Suplicio Da Cor




Ao visceral cheiro de carne escrava parida da cor
Que pende em pátria distante ao comando da dor
Brada veementemente intercalado suplício a laconizar.
Na língua a mudez, ao grito a surdez a se pronunciar
Aos foscos e catatônicos olhos, à verticalidade a agonizar
O banzo ao ser por se personalizar
Na indiferença ao cansaço por se perdurar
Interrogativos flagelos a murmurar
Mão ao vento por toar atroz a disciplinar
Rebentando em chaga d’alma carne em sangue a brotar
À fúria grotesca humana a postergar
Atende assim, a morte a alguns por se condoer
Rufam os tambores a suscitar!
Soam os grilhões a trotar!
Trilham os chicotes a tripudiar!
No limiar do desfavorecer, raça, cultura, crença, esperança a tonificar
Às senzalas, nos cativeiros, aos quilombos a propagar
Erguem-se princípios, valores a resistir por alforriar
Num ato de justiça a se considerar
Convalescendo o propósito
Luta a luta, as diferenças a abolir
Ao malfazejo do poder a se ruir
Horrenda presunção do pigmento da epiderme por subtração
À raça humana em degradação.
Em corpo e mente a segregação
Na suplantação ao negro despotismo da bipartição étnica a se figurar,
Áurea se fez por indistinta,
Todavia dissimulada, a esta “sociabilidade entre os iguais”.


Imagem: Google

manollo ferreira