sábado, 26 de novembro de 2016

Racismo É Crime !!!


 À COR DA MINHA PELE...!

A cor da minha pele é negra seu moço
Mas nem por isso sou bandido
Nem tão pouco suspeito do que ei de me acusar
A cor da minha pele é negra seu moço
O meu cabelo é naturalmente crespo
E não ruim como foi acusado no conceito do preconceito
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas em uma escola um dia fui estudar
Onde lá aprendi a ler, a escrever, e a minha cidadania exercitar
A cor da minha pele é negra seu moço
A minha religião por crença e fé é o candomblé
Nem por isso Deus deixou de ser criador e Jesus o meu salvador
A cor da minha pele é negra seu moço
Misturada com a cor do meu sangue
Sangue vermelho da mesma cor que a cor do sangue do senhor
A cor da minha pele é negra seu moço
Mas quando o dia da morte pra nós dois chegar
A minha cor e a do senhor pra terra de nada vai importar.

Manollo Ferreira



quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Rio São Francisco !


Velho Chico !


Opara !
Antagonias Em Curso ~



Estende-se ao legado do nobre rio
Mitos, lendas, rituais, crendices.
... Figuras folclóricas a emergir... !
Em causos e histórias por ribeirinhos a se contar...
Das aparições do Nego D’Água,
Afugentando barqueiros e remeiros fazendo o barco virar
Aos encantos da Mãe D’água,
Por seduzir pescadores, às profundezas das tuas águas, pra nunca mais voltar.
Tendo assim, na plenitude do teu leito,
Barcos nas crenças a navegar,
Resguardados nas carrancas,
Suas águas a desbravar.
Pelo manancial que mana e emana
Barragens energia a gerar.
Riquezas, farturas, natureza a se mudar.
Nas tuas águas a pesca por muitos se faz prosperar,
Do fruto da terra semente se bota a brotar,
Vistosos lugares, irrigados pomares,
À boca sedenta na sede da fome se faz alimentar.
Paradisíacos cenários em terra a figurá-lo
Belíssimas Ilhas em beleza a adorná-lo.
!!! Imponente e lendário OPARA, Rio dos Currais,
Rio da Unidade Nacional, Nilo Brasileiro,
Rio São Francisco... Velho Chico !
Hoje já não mais tão saudável...
Além da agressão causada pelo mal da poluição
És vitimado pela destruição da tua mata ciliar
Sucumbindo-o ao acometimento da erosão
Em detrimento o assoreamento,
Que se faz a moléstia de sua exaustão,
Às secas lágrimas que afogam-se em lamentação
No curso das tuas antagonias por exaurir.


Manollo Ferreira



sábado, 19 de março de 2016

Dia Da Poesia

Tecendo Versos A Me Vestir De Poesia...!
~ Quando Estou Eu A Fazer Um Poema ~


Quando estou eu a fazer um poema, eu o sinto, no seu espaço, dentre seus limites e sua imensidão, no seu tempo em sua precisão, sinto seus prazeres e desprazeres... Sinto seus cheiros, sinto seus gostos visceralmente entranhados nas suas loucuras e na sua razão... Com fome ou sem fome, eu o como, com sede ou sem sede, eu o bebo, satisfeito... Embriago-me...!
Quando estou eu a fazer um poema, sinto o amor e a dor que dele emana, sinto seus medos, suas coragens, vigores e fraquezas, suas felicidades gargalhadas em risos de alegria, suas tristezas e lamúrias que dimanam das suas desventuras em harmonia. Eu o ouço, no barulho das suas guerras, na serenidade voraz da sua paz... Eu me rendo ! Às suas melodias, aos seus diálogos, às suas perguntas e respostas, precisas e imprecisas, afirmativas e negativas, lógicas e ilógicas... Eu confesso ! Verdades, mentiras, nos seus reclames em conclames... Eu me ‘trago’ !
Quando estou eu a fazer um poema, eu me visto, eu me dispo, ao seu frio, ao seu calor, ás suas castidades e tentações... Eu me basto !
Quando estou eu a fazer um poema, eu o vejo, vejo suas formas, suas feiuras e formosuras, suas cores e texturas, ao encontrar-me na sua luz, ao me ater a sua escuridão, eu me vejo, perdido ou encontrado, eu me acho em meio ao silêncio calado que decorre da multidão, ou sozinho tomado pelo estampido da solidão.
Quando estou eu a fazer um poema, broto-me, frutifico-me, colho-me, como-me, nas linhas e dentre linhas, degusto-me a me fartar.
Quando estou eu a fazer um poema, eu me enlevo, vivo-o, morro-o, ressuscito-me, sou criatura, sou criador, no ofício pleno dos meus poderes, em versos eu o prendo, julgo, condeno, solto-o, na sua liberdade eu voo, viajo, na terra aos céus, vou-me para lugares por onde já estive, e por onde nem sei onde estou, crio histórias, personagens, mundos... Inimagináveis lugares !... Eu volto, eu fico a me achar onde estou... No verso ou na prosa, a parir o meu eu, e até mesmo quem eu nem sei quem sou.


Manollo Ferreira 

                

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

PROJETO: "A QUEM ME DEGUSTA POR ME SORVER"

Proponente: manollo ferreira
Organização: Alex Moreira, Nadilson Costa, Manollo Ferreira.


De 01 a 05 de dezembro acontecerá na Escola Municipal Antônio Francisco de Oliveira – EMAFO, Goiabeira II, distrito da cidade de Juazeiro-BA, a realização do projeto “A Quem me Degusta Por me Sorver”, quando de 01 a 04/12 serão ministradas oficinas de ‘Poemas e Ilustrações’, pelos Profº: o poeta Manollo Ferreira e o artista plástico Alex Moreira. Além das oficinas, acontecerá uma palestra sobre Literatura de Cordel com o Profº cordelista Nadilson Costa, assim como a declamação de Poemas e Cordéis com o Poeta e também cordelista Demis Santana, que acontecerá no dia 05/12, culminância das oficinas. O referido projeto tem como finalidade o lançamento do livro que leva o mesmo nome, previsto para ser lançado em 06/02/2015, no Centro de Cultura João Gilberto, Juazeiro-BA. Este projeto é apoiado através da 2ª Chamada do edital Calendário das Artes 2014, da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada a Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA), somando ainda com as parcerias firmadas com: A Escola Municipal Antônio Francisco de Oliveira – EMAFO,  em nome da sua gestora Valdete Moreira, Prefeitura Municipal de Juazeiro por meio da Secretaria de Cultura e Juventude, Centro de Cultura João Gilberto e IRPAA e SEDUC.

Manollo Ferreira
Pedagogo, Professor, Especialista, Poeta, Escritor....
Juazeiro-BA

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Dia Do Folclore


Folclore ‘Brasiles’

No regionalismo das culturas
Costumes a se fecundar !
Nas histórias... Nos causos... Nas lendas...
Adivinhas... Ditos... Provérbios... Parlendas
Folclore e arte rendem-se a figurar...
Na mata, o curupira, a caipora, o saci a molecar;
No rio: a Iara, a mãe d’água, o nego d’água.
Carrancas a espantá-los
Nas noites de lua cheia, o lobisomem a amedrontar,
A Mula_sem_cabeça sem rumo a galopar...
Tribos em festa a festejar
Nas cantigas, aos batuques, acordes a dançar,
O bumba_meu_boi, a burrinha, o boi- tatá
O Cordel... O Repente... A Embolada...
O São Gonçalo, a marujada
O Maracatu, o samba e a Capoeira,
O frevo, o carimbo e o axé
O candomblé, o toré...
... Sincretismos a praticar.
À mesa artefatos artesanais
Comidas em prece, sabores típicos a degustar.
Na incomensurabilidade antropológica no ser do negro/branco/índio...
Misturas de um FOLCLORE BRASILES singular.

 Imagem: Google

manollo ferreira

terça-feira, 29 de julho de 2014

Em Tempos De Guerra



Terror !!!
~ Em Tempos De Guerra ~



Vazio é o ódio
Que corrompe a calma
Aliciando a fleuma
Que serena a alma.

Denso é o medo
Que suprime a dor
Fustigando em culpa
A intenção da força.

Nociva é a causa
Que revela em guerra
O ensandecer do ser
Configurando em morte.

Pretensiosa é a paz
Que burla o medo
Alimentando o ódio
Que elucida a dor.

Contraditória é a vitória
Que macula o credo
Decompondo em vida
O pecado em sangue.

Imagem: Google


manollo ferreira

O Poder De Um Abraço...!



Poema: Manollo Ferreira

Arte: Simone Lima


domingo, 27 de julho de 2014

Livros: Alimentai-vos...!


Alimentai-vos De Livros... !



Alimentai-vos de livros !
Anoréxicos do verbo
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
E como uma fera louca a vociferar sua fome bestial
Adentrem o cerne das suas entranhas
A saborear os seus fecundos e viscerais saberes
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
E por suas venosas linhas... Dentre linhas
No teor ilimitado de suas letras a sangrar
Sirvam-se das suas nuas palavras a salivar...
Vestidas à língua em festa a degustar
... Despidos pensares a sorver.
Alimentai-vos de livros !
Senhores e senhoras adventos da pútrida estupidez
Alimentai-vos de livros !
Míseros seres que orbitam a plenitude da esterilidade cultural
Alimentai-vos de livros... !
E de suas vírgulas, acentos, sinais e pontuações a fatia-lo em doces sabores.
Em compleição aos seus mais diversos e adversos paladares
Alimentai-vos de livros... !
Alimentai-vos de livros... !
E de suas Ideadas proposições a fartarem-se n’alma.

Imagem: Google

manollo ferreira