Profº Manollo Ferreira: Professor - Pedagogo - Especialista - Poeta - Escritor / Juazeiro - Bahia.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
terça-feira, 28 de novembro de 2017
Velório No Interior
Um Enterro, E Um
Defunto Que Nada Tem Para Se Lembrar...!
!... Um defunto
bem arrumado, um caixão bem modelado, flores belas e perfumadas, velas em
castiçais a flamejar... Chororô, um aperto de mão, um abraço de consolação...
Consternação...!
... De boca em
boca, surgem versões de como o defunto morreu... Foi assim... Foi assado... Foi
de morte morrida... Foi de morte matada...
_ Era gente boa !
_ Era boa gente,
mas...
... No agora
descomedido vão da sala de estar, repousa o defunto, alheio a tudo e a todos:
Aos pesares, aos choros, as preces, ao valor e modelo das vestes e do caixão,
ao perfume e a beleza das flores em sua coloração, à luz e ao calor das velas
em meio ao corpo falecido na escuridão... Forma-se um aglomerado, gente que
entra, gente que sai, gente que junta, muita gente, sussurrando, chorando,
rezando, ‘curiando’...
... O velório
estende-se pela noite... Café, chá... Cachaça...!
Uma fogueira surge
em apelação a uma reunião para quem da noite vai velar... Um gole de cachaça
aqui, outro acolá, alguém conta uma piada... Risos... Mais alguns goles aqui,
outros goles acolá, mais algumas piadas a se contar... Gargalhadas !... E um
defunto sozinho, no descomedido vão da sala de estar, sem ninguém a
contemplar...
... Dorme a noite,
esvai-se o entusiasmo, esvazia-se a fogueira em fumaça e cinzas, surge o dia, e
novos personagens chegam para a próxima cena encenar.
... Castiçais
vazios, flores murchas, um defunto, um caixão, mais abraços de consolação... Consternação...
!
De boca em boca,
surgem versões de como o defunto morreu... Foi assim... Foi assado... Foi de
morte morrida... Foi de morte matada...
_ Era gente boa !
_ Era boa gente,
mas...
... Sai o enterro,
segue o cortejo, de mão em mão é levado o caixão, rezas e choros sonorizam a
tristeza, atraindo pessoas conhecidas do defunto, ou não. Seguindo em
procissão, norteia-se o destino do desafortunado ao arrastar dos pés a poeira o
chão.
À distância, um
pequeno cemitério é de se ver: Cruzes e catacumbas a se elevarem em prece. Ao
chegar, pronta já é de estar, uma cova cavada, sem o uso das mãos, sete palmos
medidos sem medição...
De boca em boca,
por mais uma vez, surgem versões de como morreu o defunto... Foi assim... Foi
assado... Foi de morte morrida... Foi de morte matada...
_ Era gente boa !
_ Era boa gente,
mas...
Um alvoroço se faz
na última hora de o defunto enterrar... Era gente discutindo, era gente
rezando, era gente chorando, era gente gritando, que o defunto errado estava,
com a cabeça pra frente, com os pés pra trás, que dos pés se fazia a entrada,
que dos pés também se fazia a saída... Era gente discutindo, era gente
gritando, era gente rezando, era gente chorando, era gente enterrada, era gente
enterrando, era gente morrendo, era gente vivendo... Foi-se um Enterro, E Um Defunto Que Nada Tem Para Se Lembrar.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
terça-feira, 22 de agosto de 2017
sábado, 12 de agosto de 2017
sábado, 10 de junho de 2017
CRÔNICA: Uma Reflexão Sobre O Viver Da Vida De Todos Nós
VIAJANDO NO VIVER DA VIDA HUMANA...!
Manollo Ferreira
A palavra vida é um substantivo
feminino, paroxítona, de apenas duas silabas. Para uma boa parte da humanidade a
palavra vida é pronunciada sempre no singular - “A VIDA” -já que na lógica
do pensar, só podemos afirmar que só temos uma vida para se viver nesse mundo
nosso de cada dia. A vida que temos é única, viver só ou acompanhado, aqui ou
acolá, com ou sem, o importante é viver a vida intensamente, com muito amor e respeito pela vida que se tem.
Em meu ponto de vista, o que define o viver é ‘ser e estar’, o que define o viver, é o rumo que à vida se dá, o que define o viver, são os acontecimentos que da vida advém, o que define o viver, são as ordens divinas que à vida se traz.
Em meu ponto de vista, o que define o viver é ‘ser e estar’, o que define o viver, é o rumo que à vida se dá, o que define o viver, são os acontecimentos que da vida advém, o que define o viver, são as ordens divinas que à vida se traz.
Viver é o verdadeiro milagre da vida,
não existe uma fórmula ou modelo de como se viver a vida, pessoas sonham, se
planejam, se constroem e se reconstroem, dando significados e ressignificados à
vida.
A vida comumente é vivida em sociedade,
seres humanos vivendo com/entre seres humanos, contudo, para que isso
aconteça com equivalência de valores e em harmonização, se faz necessário
seguir regras de convivência constituídas por leis e/ou por regras geradas na
compleição das relações.
Acredito que somos o resultado do que
construímos ao longo de nossas vidas. Na minha concepção, nada e nem ninguém é
responsável pelo que nos transformamos no decorrer da vida. Reclamar da vida é
assumir-se prejudicial a si mesmo, é assumir-se ineficaz, incompetente no gerir
da própria vida. Muitas pessoas vivem reclamando da vida, de como ela se
configura ao longo do existir, dos direcionamentos a se instituírem ao
estender-se do tempo, dos contratempos, do ontem, do hoje, e até mesmo do
amanhã, sem mesmo ter deste vivido.
Penso que, deveríamos conceber a vida
como um inestimável presente dado por Deus, como uma abençoada criação divina
de inesgotável sentir, constituída essencialmente por uma teia de antíteses,
por uma variante de conjunções, por uma vastidão de proposições.
Viver é um constante aprendizado. Viver
é fazer ou deixar acontecer, não é como uma operação matemática que se
finda na exatidão, a vida não é uma receita pronta que já temos à mão. Viver
não é fácil, não é “um mar de rosas” viver, e nem deveria ser, creio que a
mágica da vida está exatamente na diversidade que a vida consente. No meu
compreender, viver é sentir o sentido do sentir, viver é nascer e renascer dia
após dia, na crença de que o bom e precípuo para se viver a vida consiste-se no
êxito da superação, no errar para se acertar, na derrota para se vencer, no
perder para se achar, no diminuir para se somar, na morte da vida para a vida
se valorizar.
Deus nos deu a dádiva da vida, só temos
que viver por ela e com ela, cuidando-a para não trazer-lhe dor, angustia e
tristeza, para não trazer-lhe a falta que a vida faz. Temos que prezar pela
nossa vida e demais vidas em consonância com a nossa vida em vivência.
“O que se leva desta vida é a vida que a gente
leva”
(Barão
de Itacaré)
segunda-feira, 15 de maio de 2017
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