sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A Palavra...!


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A palavra... !
Escrita... Falada... Ilustrada
Muda – Surda... Gesticulada...
... Criada... Recriada...
Repetida - Intercalada...
A palavra... !
Ao brado: Pensada... Sussurrada... Ecoada
Pelos ares, ao vento levada
Acabada... Inacabada... Em curso...
... Palavras cavas
Descompassadas palavras
Ao comando da forma
Letras em forma... A formar
A palavra... !
Explícita !... Implícita !...
Em linhas, dentre linhas
Palavras em gosto a salivar
Mel e fel.
Palavras Ditas !
Mal-ditas... Bem-ditas
No seu poder infinito...
! Finda-se !
Palavras nuas
Vestidas a desfilar...
Plurais acepções
Mundo em conversão
Sentimentos por expressar
No cerne da palavra
Verbo sentido
Sentido a se professar
!...A Palavra...!


Foto: Google
manollo ferreira

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A Decadência da Música Brasileira




A Miséria da Música Popular Brasileira


A atualidade da música popular brasileira (MPB) é marcada pela decadência. A Música Popular Brasileira já passou por muitas fases, com altos e baixos. Na década de 50-60 viveu bons momentos, e para lembrar isto basta recordar a bossa nova, a canção de protesto, o tropicalismo, os primeiros passos do rock brasileiro (excluindo, obviamente, o rock-brega da "jovem guarda"). A década de 70 foi uma época de "vacas magras", com a música chamada "brega" e com apenas os herdeiros da década anterior honrando a MPB: Guilherme Arantes, Chico Buarque, Belchior, Rita Lee, Raul Seixas, os velhos e os novos baianos, entre outros. A década de 80 marcou um renascimento, com a onda das rádios FMs, os novos Festivais de MPB, o ressurgimento do rock nacional, e além de alguns citados que permaneceram depois dos anos 70, tivemos novos nomes, tal como Eduardo Dusek, Beto Guedes, etc. junto com os roqueiros: Kid Abelha, Titãs, Legião Urbana, Engenheiros do Havaí, Lulu Santos, 14 Bis, A Cor do Som, Ultraje a Rigor, entre inúmeros outros. Este período acompanhava a crise do regime militar e a redemocratização, junto com uma expansão da indústria cultural e do mercado consumidor composto pela juventude.

A partir do fim da década de 90 começa a decadência... Já no começo desta década temos os primeiros sinais do que viria: fricote, música sertaneja, pagode de baixa qualidade até chegar ao funk-brega e outras deformações. Rita Lee, Lulu Santos, entre outros, deveriam ter encerrado sua carreira antes de nos brindar com suas tristes produções pós-rock. Neste "Mar de Lama" ainda existe algo de bom, mas marginal, esporádico ou quantitativamente insignificante. Falta criatividade, senso crítico, efervescência cultural.

A música popular brasileira, com letras minúsculas, está passando por um período de miséria. Quem são os responsáveis por isso? A indústria cultural pode ser apontada como a principal responsável pelo atual estado miserável da MPB. A necessidade de ampliação do mercado consumidor, algo constante na produção capitalista e que faz parte, por conseguinte, da produção cultural nesta sociedade, produz a necessidade de uma cultura descartável, tal como as mercadorias descartáveis. Com o desenvolvimento capitalista, esta necessidade de ampliação do mercado consumidor se torna cada vez mais intensa e na atualidade assume importância fundamental para a reprodução capitalista. Esta cultura descartável é marcada pelos ciclos de renovação periódica de produtos, pois ela permite a reprodução ampliada do consumo. Se um determinado estilo musical permanece por muito tempo, então o consumo também se vê sem grandes crescimentos, pois quem compra um CD de rock and roll de determinada banda, poderá continuar ouvindo por muito tempo, mas se a cada 5 anos surge um novo modismo musical, então o consumo se expande em proporção considerável. Assim, a transformação da MPB em cultura descartável apenas mostra que a lógica do lucro domina tudo, inclusive a produção cultural, e isto mostra a razão de seu progressivo empobrecimento.

No entanto, há uma luz no fim do túnel: sempre que há efervescência social, mudanças históricas, a música também ganha impulso e o início deste século já marcou o início de uma nova onda de mudanças e estas devem agitar o mundo musical. Mesmo contra a vontade dos donos da indústria cultural, pois a própria lógica do lucro não escapa de ter que divulgar aquilo que é contrário aos seus interesses. Da contradição pode surgir o novo. Eis a esperança.

Por Nildo Viana (*)

(*) Professor da UEG - Universidade Estadual de Goiás e Doutor em Sociologia/UnB.

Fonte: La Insignia

Foto: Google

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Inocência USURPADA !



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À luz do silêncio
Mascaras desvelam ao descolorir das trevas
Aliciantes monstros á reta curva do hediondo
Por ceifar sonhos ainda não sonhados
De vidas ainda não vividas
À vista visceral do tempo
Que urge ensandecido
A se alimentar do asqueroso
E vigilante deleite do mal...!




Foto: google
                                                                                   manollo ferreira


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

NORDESTE, PRECONCEITO, PSICANÁLISE: um olhar sobre a seca








Vídeo: Youtube

Um Nordeste único na visão de Jessier Quirino, como na de outros tantos brasileiros... Rural, seco, pobre, feio, inóspito e sem perspectiva ...


Foto: Google

O NORDESTE POR UMA OUTRA ÓTICA: O Nordeste vem constantemente sendo retratado em preto e branco, como um lugar restritamente rural, sem alma, hostil, inóspito, de misérias, dores, sofrimentos e tristezas, sem perspectiva, mas essa realidade expressada em verso e prosa, nos romances, poemas e no cinema, como também incessantemente na mídia sensacionalista nacional, não é diferente de muitos outros tantos lugares do nosso planeta, no entanto essa é a única e mais reproduzida imagem do Nordeste, como se fosse uma exceção, exclusividade de direito. Contudo, é importante ressaltar o Nordeste das potencialidades, das incomensurabilidades geográficas e históricas, onde figuram também riquezas, belezas, alegrias e desenvolvimentos, o que lhe é negado e que tanto se é apropriado às outras regiões do Brasil, pela maior parte dos veículos de comunicação, livros didáticos e paradidáticos que circulam pelas escolas do nosso país.   


manollo ferreira
Pós Graduando em: Educação Contextualizada para Convivência com o Semiárido Brasileiro.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Arcanjo Apocalíptico


Sonhos flamejantes
Incinerados pela fuligem
·... A deflagrar
·... Farpas aglutinadas
Em cálidas asas
·... A revoar
·... Enclausurados suspiros
Aos lépidos olhos das sombras
·... A ressoar
Gritos deglutidos pelo fardo
... A ressentir
Ao passo do gélido incógnito
... A sucumbir...
O inatingível imperioso do absoluto...
A suprimir !!!

foto: Google
manollo ferreira

sábado, 21 de janeiro de 2012

Fome De Q ?...

 



Sede de fome
D’ alma da mente
Corpo abstrato
Do gosto alimento
Sorvido das cores,
Dos cânticos,
Fragrâncias,
Tocares, formatos
Sensatos sabores
Emanam-se da vida
Sentidos a nutrir
Desejos, prazeres a deglutir...
Além da comida que se come
Além da água que se bebe
Além da fome que se procede...
...Você tem FOME DE Q ???...

Poema inspirado na música "COMIDA" do disco "Jesus Não Tem Dentes no País dos Banguelas" - TITÃS - do ano de 1987.
Foto: Google
manollo ferreira