segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Inversão De Valores = O Certo Agora é Errado #



Valores Humanos em Família



                           "Os pais têm a responsabilidade primária                                                           de moldar o caráter dos filhos”. 
                                                          Sathya Sai Baba
                                                               


Todos nós sabemos, porque sentimos na própria pele, o quanto é fundamental para o individuo, a família, e a sociedade planetária o resgate dos valores humanos se quisermos construir uma nova visão da vida, do ser humano e uma nova organização social. Só se resgata o que foi perdido e é inconteste que estamos numa sociedade orientada por uma inversão de valores éticos e morais. Perdemos a conexão com os princípios fundamentais que estruturam a consciência e criamos falsos valores e necessidades artificiais. Por outro lado, não existe ser humano que não viva pelo menos algumas vezes os valores humanos. Mesmo aqueles que caminham como um exército paralelo ao desenvolvimento civilizatório infringido leis naturais, sociais e leis espirituais, em algum momento demonstram valores. Também aqueles excluídos de direitos civis e que são o resultado do descaso institucional procuram viver valores ainda que eventualmente para permanecerem humanos. Negando os valores que nos definem como seres humanos nos tornamos uma ameaça para o planeta e para a preservação da nossa própria espécie. Falamos muito em direitos humanos e nos esquecemos que se vivermos valores humanos os direitos humanos serão respeitados automaticamente. É justamente pelos valores, crenças e sistemas de conexões do homem consigo mesmo, e com a família, que constitui o seu universo mais próximo, e com a sociedade e o mundo, seu meio de interação mais vasto, que se constrói um padrão de relações interpessoais. Os valores humanos definem o caráter, a relação em família, a cultura, a dinâmica social, a economia e a política. Então o que devemos fazer? Como despertar os valores e pratica-los no cotidiano de nossas vidas? Acredito que o processo se inicia com a auto-indagação. A primeira providência é procurar saber se os valores humanos estão sendo praticados por nós mesmos antes de cobrar dos outros um comportamento ético e digno. Uma boa pergunta é: Eu tenho vivido os valores que quero que os meus filhos vivam, que as pessoas que conheço vivam? Identificar os valores requer honestidade e disposição para corajosamente transformar a si mesmo em uma pessoa melhor e mais verdadeira. Outra pergunta que devemos nos fazer é: “Eu acredito mesmo naquilo que digo que acredito? Eu sou feliz, minha família é feliz? Se a resposta for negativa, pergunte-se sobre o que tem feito para ser e fazer feliz. E a partir dessas reflexões comece a buscar soluções transformadoras. O poder transformador dos valores reside na sua simplicidade e no fato deles permearem a vida. Os princípios espirituais, éticos e sociais se enraízam na família; e a família atualmente está bastante insubstancial e sem significação. O propósito da família deve ser o encontro e não o confronto. É preciso reaprender a conversar, cuidar, trocar ideias e opiniões numa atmosfera fraterna e livre que estimule o acolhimento do outro pelo coração. Um aspecto importante para ser aprendido em família é como ouvir praticando a escuta empática, ou seja, a capacidade de ouvir sem julgar ou apresentar soluções, simplesmente ouvir sentindo o momento do outro. Desse modo a comunicação acontece pela escuta do “que para quem”. E o interlocutor é o mais importante durante a conversa. Outro fator relevante é o respeito mútuo e a reverência. Os pais precisam retomar seu papel de educadores e não se limitarem a criar os filhos. O educador em valores humanos quer sejam pais quer professores precisam saber estabelecer limites e dizer sim e não com discernimento. Somente quem sabe amar é firme e compreensivo, quem não sabe é duro, rígido, autoritário e empedernido. Esse é o primeiro passo a ser dado para ensinar os filhos a ultrapassar seus próprios limites e discernir com autonomia sobre a responsabilidade do que pensa, sente, fala e faz. Em família temos o hábito de impor valores e regras e emitimos opiniões sem abertura para dialogar, isso irrita tanto os pais quanto os filhos porque soa como autoritarismo e provoca antagonismo e distanciamento. A consciência dos valores humanos como expressão da nossa verdadeira identidade nos remete ao divino em nos e nos nosso semelhantes e isso torna a vida sagrada.. Pela vivencia dos valores humanos reaprendemos a amar e a abrir mão, renunciar sem sofrimento. O amor unifica as diferenças e nos aproxima pelo coração, e a autoconfiança e o desapego revelam que dominar e querer estar no controle não é prioritário. Mostra que o caminho mais fácil é o exemplo, é praticar o que se prega. Desse modo adquirimos autoridade para ajudar nossos filhos a identificar seus próprios valores, talentos, qualidades e defeitos. Isso permite que eles por si mesmos aprimorem suas qualidades e superem seus defeitos. As crianças que não tenham uma base familiar firme podem ser despertadas para seus valores inerentes por orientadores-mentores que atuem de acordo com os valores e nutram na mente e no coração dessas crianças um comportamento voltado para a Verdade, a Beleza e o Bem. O que é valor? É o que confere importância e significado as coisas, as pessoas e a vida. Falar de valores humanos implica subjetividade. Todos nós temos valores e antivalores transmitidos pela família, educação, e meio social e cultural, eles são a base dos nossos pensamentos, comportamento, escolhas e atitudes. Porém, nem todos são capazes de afirmar conscientemente quais são os seus verdadeiros valores. Existem valores de sobrevivência e valores de transcendência. Os valores de sobrevivência são circunstanciais e relativos e podem variar de cultura para cultura. O ocidente, por exemplo, valoriza mais a independência e a individualidade, enquanto o oriente enfatiza a cooperação e a integração, mas ambos valorizam a educação como fio condutor de transformações e a família como base estrutural da sociedade. Os valores de transcendência são permanentes porque se referem ao espírito e são compartilhados por todos os seres humanos independente de raça cultura ou credo. A importância da educação espiritual na família e na escola é muito grande, porque os valores espirituais fundamentam os valores de sobrevivência que inspiram valores éticos naturalmente. Somente a espiritualidade revela a excelência humana, isso independe de religião. Os valores espirituais devem ser despertados e conscientizados no intimo de cada um pela reflexão do que é realmente importante na vida. Não se trata criar adeptos para determinada crença religiosa nem de formar pessoas cultas e de boas maneiras apenas, mas ajudar a aflorar de dentro para fora os princípios que irão nortear a vida dos nossos filhos. Como as crianças constroem sua escala de valores? Observando os pais. Nossas palavras, ações e respectivas consequencias ilustram e legitimam a importância de viver valores humanos. É importante para os pais, reconhecer que todas as situações são oportunidades para refletir sobre valores e demonstrar para a criança o quanto vive-los pode fazer dela uma pessoa mais feliz. Atualmente nós estamos vivendo numa sociedade impiedosa e injusta que não acredita que os valores espirituais valham a pena e não crê que felicidade seja possível. Essa é a sociedade que pela pratica dos valores humanos queremos transformar, e para isso nossos filhos precisam ser convidados por nós a refletir sobre seus próprios valores. É importante que sejam agentes de transformação e não de acomodação diante da vigente distorção de valores. Para uma educação baseada em valores é preciso haver harmonia de princípios e propósitos entre família e escola. Caso contrário pode criar impacto e gerar situações adversas e conflitantes com a educação transmitida pelos pais em família e vice-versa. Essas situações devem ser aproveitadas para ajudar a criança a ficar ciente dos seus próprios valores, do que sente e acredita para aprender a lidar com os desafios, que se apresentem no decorrer de sua vida com lucidez e autoconfiança. O seu conteúdo interior lhe confere poder para analisar o que é relevante em relação a experiência vivida e ao seu comportamento e reações diante das diferentes situações. Mediante impasses podemos explorar nossas potencialidades e aquilo que fere os sentimentos e os valores, pode forjar a retidão e fortalecer o caráter. Nossas crianças precisam ser capacitadas para se integrar em sociedade pela firmeza do caráter, isso as capacita para reconhecer e ultrapassar a barreira do erro, e da adversidade com lucidez e discernimento. Respeitar a pluralidade de escolhas dos semelhantes, acolher o diferente buscando pontos de contato e compreender as diferenças aberturas para o aprendizado. Portanto, construir conscientemente uma relação de valores na família é uma tarefa conjunta que deve ser compartilhada por pais e filhos. Os valores humanos são dons que recebemos de Deus e colocando esses dons em pratica e a serviço da sociedade revelamos excelência como indivíduos, pais, profissionais, e cidadãos.

Por: Marilu Martinelli
  

Leia mais: http://www.revistasextosentido.net/news/valores-humanos-em-familia/



INVERSÃO DE VALORES : Ser honesto é ser idiota, babaca, imbecil; Ser educado é ser covarde, gay, esnobe; Ser responsável e comprometido no trabalho é ser puxa saco, babão; Ser sensível é ser gay; Ser malandro, sacana, safado é ser esperto, atraente, notável, passivo de admiração e elogios; ser professor é ser pai e mãe !
  
manollo ferreira

Nenhum comentário: