A morte é algo tão maravilhoso, não acham? Que pergunta tão estranha... Mas o que seria a vida sem a morte?
Para existir vida tem que existir morte. A morte dá um significado muito mais valorativo e importante à vida (a morte física, obviamente). Sem morte, a vida não teria sentido e seria completamente vazia.
É como o Yin e o Yang. A vida é composta por este tipo de coisas: Bem e Mal, simpatia e antipatia, felicidade e infelicidade, egoísmo e altruísmo, vida e morte. Se assim não fosse, não seria a mesma coisa. Os opostos completam-se, logo, a morte completa a vida.
Tememos tanto a morte, mas temos muitas mais razões para temer a vida. As pessoas não entendem que a morte não é mais do que o desaparecimento da face da Terra. E o que é que sabemos disso? Nada! Apenas podemos ter receio do que não conhecemos. Contudo, se conhecemos a vida e os perigos que temos que enfrentar para viver bem, porque não nos preocupamos com ela? Tenho o dobro de receio da vida do que da morte. Esta última para mim nada significa senão aquilo que disse anteriormente.
Se o conceito de morte nos acompanhar constantemente, viveremos definitiva e irrevogavelmente melhor. Se tivermos a percepção de que a qualquer momento podemos simplesmente parar de respirar, então veremos a vida com outros olhos. Veremos a vida como aquelas pessoas que vêem uma coisa pela última vez e não podemos negar que, o que se sente, ao fazê-lo, é bom.
A morte é algo óptimo, acreditem. Sem ela, nunca viveriamos, apenas existiriamos. Sem ela, nasceriamos mortos. A vida é boa, alucinante, perigosa, excêntrica, gloriosa, verdadeira porque a morte existe. A morte completa a vida.
Publicada por Filosofia de Vida. Tirado do endereço: http://bernardosantosmartins.blogspot.com/2010/09/o-lado-bom-da-morte.html
Foto: Google
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