quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Fragmentos Em Delírio

Ventos adventos
Do tempo em pensamento
Reflexivos prazeres
Carne, espírito, saberes.
Vago festejo do critério
No pranto gracejo do mistério.
Cárcere fecundo da fuga
Do traço devoluto no luto da ruga.
Liberdade morosa do credo em prosa
Espinho devoto da rosa.
Na linguagem lúdica do veto
_Verbo!_
Sentido profundo do senso em consenso.
Palavra pecada de mim
Ontem acaso distante
Perdido amor constante
Lembrança quimera do quando.
Do fleche em flecha da órbita
Retida retina da lógica.
No brado retumbante da gloria adormecida
Impera a putrefação do sentido concebido.
No livre arbítrio do ventre abominado
Prisma nudez do feto em desafeto.
Silencio fantoche da noite
Ressonante cedo do mesmo
Lagrimam arestas do cômico
Da morte em vida embebida.
Na retratada duvida intercalada
Repousa inerte o eco da fleuma na sombra emoldurada.
Na fome calada da boca ignorada
Pairam abstratos fragmentos em delírio.

manollo ferreira


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