sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Difícil Arte De Saber Conscientizar

A  convivência e a transmissão de conhecimentos e saberes, é uma arte que nem todos são possuidores e que nem mesmo por isso deve ser executada de qualquer maneira ou aleatoriamente. Para o desenvolvimento da mesma, necessário se faz saber: como se fala; para quem se fala; de que se fala e principalmente com o objetivo de deixar alguma contribuição na cabeça das pessoas que nos ouve.
Para tanto, existem pessoas que não se dão conta quando da defesa dos seus pontos de vistas e em certas questões que tentam transmitir (ideias, conhecimentos, ensinamentos, ideologias, pensamentos, etc.), chegam a se exaltarem (aumentam o tom de voz), fazendo com que as pessoas que estão ao seu lado ou a lhes ouvirem, tornem-se repudiantes ao ato de falar dos seus transmissores. É necessário termos ciência de que, salvo raras exceções, a exaltação na transmissão de ideias e saberes funciona como um ponto negativo, e isso deve ser trabalhado de maneira que as pessoas passem a se educar e a compreender que quem lhe ouve as vezes não está preparado para isso, e o que poderia ser proveitoso torna-se aversão, sendo que nesse caso essas pessoas sejam taxadas de radicais, inflexíveis, e outras qualificações que lhe são atribuídas. Não quero com isso dizer que as pessoas não devam defender as suas posições com unhas e dentes, pelo contrário, acredito que quando a gente tem uma posição própria ou é adepto de outra qualquer, que já tenha analisado para conseguir compreender todas as suas contribuições (negativas e positivas), deve-se lutar para coloca-la em prática.
Se temos coerência e consciência do que estamos defendendo, devemos levar a nossa opinião até às últimas consequências, mas para isso necessário se faz que o transmissor esteja suficientemente adequado ao que transmite e de maneira carismática, com calma, simplicidade e acima de tudo com espírito de compreensão passar a sua mensagem, pois só assim poderá fazer com que o ouvinte o compreenda e até compartilhe com suas ideias ao invés de se exaltar e se levar pela emoção ou discussão, que será "negativa", já que cada um defenderá o seu posicionamento e não chegarão jamais a um ideal comum.
Existem outras pessoas que já conseguem ser carismáticos, simples e envolventes no seu transmitir, porém caem no erro de se tornarem muito repetitivos, e isso cansa, faz com que as pessoas que estão ouvindo vejam de maneira abusiva o saber transmitido e na maioria das vezes, de tanto o transmissor se prolongar na sua explanação e de tanto repetir o óbvio chegue ao ponto de perder o fio da meada, fugindo do que o mesmo tinha intenção de colocar no início da falação.
Com isso, fica claro e evidente que a exaltação, o prolongamento e a repetição desvairada nas colocações tornam-se pontos negativos e abusivos na transmissão e no entendimento do saber. O que temos a fazer é sermos mais objetivos, simples, carismáticos humildes, empáticos, compreensíveis e envolventes nas explanações, só assim estaremos "transmitindo" de forma filosófica e sábia o nosso conhecimento, fazendo opiniões e contribuindo para que as pessoas passem a formar opiniões e se dediquem cada dia mais a está difícil arte de se tentar conscientizar, para que aos poucos a população vá mudando o seu nível ou padrão intelectual e consequentemente a sua atuação na sociedade.

Autor:  O Doutor em Educação Edmerson dos Santos Reis

Texto extraído do site: http://pedagogia.tripod.com/trabalhos.htm 

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