A
convivência e a transmissão de conhecimentos e saberes, é uma arte que nem
todos são possuidores e que nem mesmo por isso deve ser executada de qualquer
maneira ou aleatoriamente. Para o desenvolvimento da mesma, necessário se faz
saber: como se fala; para quem se fala; de que se fala e principalmente com o
objetivo de deixar alguma contribuição na cabeça das pessoas que nos ouve.
Para tanto, existem pessoas
que não se dão conta quando da defesa dos seus pontos de vistas e em certas
questões que tentam transmitir (ideias, conhecimentos, ensinamentos,
ideologias, pensamentos, etc.), chegam a se exaltarem (aumentam o tom de voz),
fazendo com que as pessoas que estão ao seu lado ou a lhes ouvirem, tornem-se
repudiantes ao ato de falar dos seus transmissores. É necessário termos ciência
de que, salvo raras exceções, a exaltação na transmissão de ideias e saberes
funciona como um ponto negativo, e isso deve ser trabalhado de maneira que as
pessoas passem a se educar e a compreender que quem lhe ouve as vezes não está
preparado para isso, e o que poderia ser proveitoso torna-se aversão, sendo que
nesse caso essas pessoas sejam taxadas de radicais, inflexíveis, e outras
qualificações que lhe são atribuídas. Não quero com isso dizer que as pessoas
não devam defender as suas posições com unhas e dentes, pelo contrário,
acredito que quando a gente tem uma posição própria ou é adepto de outra
qualquer, que já tenha analisado para conseguir compreender todas as suas
contribuições (negativas e positivas), deve-se lutar para coloca-la em prática.
Se temos coerência e
consciência do que estamos defendendo, devemos levar a nossa opinião até às
últimas consequências, mas para isso necessário se faz que o transmissor esteja
suficientemente adequado ao que transmite e de maneira carismática, com calma,
simplicidade e acima de tudo com espírito de compreensão passar a sua mensagem,
pois só assim poderá fazer com que o ouvinte o compreenda e até compartilhe com
suas ideias ao invés de se exaltar e se levar pela emoção ou discussão, que
será "negativa", já que cada um defenderá o seu posicionamento e não
chegarão jamais a um ideal comum.
Existem outras pessoas que
já conseguem ser carismáticos, simples e envolventes no seu transmitir, porém
caem no erro de se tornarem muito repetitivos, e isso cansa, faz com que as
pessoas que estão ouvindo vejam de maneira abusiva o saber transmitido e na
maioria das vezes, de tanto o transmissor se prolongar na sua explanação e de
tanto repetir o óbvio chegue ao ponto de perder o fio da meada, fugindo do que
o mesmo tinha intenção de colocar no início da falação.
Com isso, fica claro e
evidente que a exaltação, o prolongamento e a repetição desvairada nas
colocações tornam-se pontos negativos e abusivos na transmissão e no
entendimento do saber. O que temos a fazer é sermos mais objetivos, simples,
carismáticos humildes, empáticos, compreensíveis e envolventes nas explanações,
só assim estaremos "transmitindo" de forma filosófica e sábia o nosso
conhecimento, fazendo opiniões e contribuindo para que as pessoas passem a
formar opiniões e se dediquem cada dia mais a está difícil arte de se tentar
conscientizar, para que aos poucos a população vá mudando o seu nível ou padrão
intelectual e consequentemente a sua atuação na sociedade.
Autor: O Doutor em Educação Edmerson dos Santos Reis
Texto extraído do
site: http://pedagogia.tripod.com/trabalhos.htm
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